Ética Empresarial
3ª Edição / EDITORA ELSEVIER 2009.
ÉTICA EMPRESARIAL “O CICLO VIRTUOSO DOS NEGÓCIOS”
Robert Henry Srour. Ética Empresarial. São Paulo: 2009
O autor do livro é Robert Henry Srour, Doutor em Sociologia pela Universidade de São Paulo é Consultor de várias empresas. A obra é indicada para os cursos CE graduação e pós-graduação nos cursos das áreas exatas e humanas como Publicidade Propaganda, Jornalismo e Relações Públicas.
Ética Empresarial “O Ciclo Virtuoso Dos Negócios”
Sueli de Souza[1]
Em diversas fases, no âmbito organizacional, ocorrem deslizes nos procedimentos gerenciais. Deslizes às vezes, direcionados a algum escândalo que resulta na repercussão na mídia, ou a escassez de um programa adequado de relacionamento com os stakeholders, o que gera a perca de credibilidade do seu conceito diante dos públicos estratégicos, ou até mesmo a intolerância dos funcionários em fazer parte do quadro de colaboradores.
As empresas são agentes vulneráveis para tais impactos, pois elas respondem por grande parte do funcionamento da economia do país e para tais repercussões corporativas é que as organizações respondem por um dos grandes fatores que as definem como órgãos responsáveis ou não, pelas suas ações.
O autor faz análises de assuntos verídicos que ocorreram no âmbito empresarial e que geraram grandes repercussões na mídia e na sociedade, cita casos como da empresa Soviética Chernobyl que em 1986 liberou uma grande nuvem radioativa e que contaminou pessoas, animais e o meio ambiente, O navio Exxon Valdez que despejou em 1.989 41.6 mil toneladas de Petróleo no Alaska e que causou a destruição de várias aves, o caso da Escola Base, onde os donos do estabelecimento foram acusados injustamente de atos de abuso sexual nas crianças, o caso de um livro com o tema “O Matador” publicado por uma editora de renome no mercado. O livro ensinava técnicas minuciosas de como matar e esconder os corpos das vítimas, neste episódio, um jovem que sofria de problemas depressivos, comprou o volume e utilizou as ações ilustrativas contidas para matar, a mulher e o seu filho. Dentro deste contexto fica a pergunta: Qual deve ser a postura da editora? Divulgar o livro? Proibir a venda dos exemplares? Neste caso também surgem duas vertentes: divulgar o livro, pois estamos num país democrático o direito da informação prevalece, ou proibir a venda, já que o livro oferece grandes perspectivas de instigar a curiosidade das pessoas que sofrem de sintomas depressivos ou apresentam características extremamente violentas e que representam um risco para a sociedade?.
Mas o livro também faz abordagens de assuntos voltados às causas humanitárias e questões éticas pessoais, como os Médicos sem-fronteiras que oferecem assistência hospitalar nas regiões onde existem pessoas impossibilitadas de se tratarem, ou um dos episódios da “Escolha de Sofia” entre eles ocorrido em 1999, onde a própria mãe cega atira na filha depois de descobrir que a mesma a internaria em um asilo e a vítima fica em estado degenerativo respirando através de aparelhos. Este caso ganhou a atenção da mídia americana, pois a filha obteve direitos na justiça, de desligar o aparelho que a mantinha viva.
Nos casos reais relatados o autor aproveita a ocasião para definir primeiro o conceito de ética e segundo caracterizar o que são as questões morais no ativismo empresarial em direção da construção da reputação empresarial, sustentabilidade e responsabilidade social.
A palavra ética vem do grego “ethos” que significa caráter. A abordagem científica da ética definida neste livro faz referências empíricas de acontecimentos, que ocorreram no mundo e oferece um quadro de referências para as ações corporativas. Mostra os dois lados de uma vertente que direciona determinadas empresas para o alcance do sucesso ou a quebra definitiva dos seus negócios.
A Moral envolve uma série de particularidades. Primeiro porque está relacionada aos atos realizados pela empresa dentro de sua diretriz ou política como: praticar a Responsabilidade Social como prova de cidadania e respeito para com a sociedade, mas não oculta que esta prática também faz parte dos negócios lucrativos como forma de adquirir exclusividade diante dos seus serviços e destaque frente à concorrência. De acordo com o autor ”a ética opera no plano da reflexão possui caráter abstrato, enquanto a moral está no plano real e está ligado a fatos empíricos ou reais de forma observável.”
Robert Henry relata alguns exemplos de diferenciais das moralidades brasileiras e que estão focadas dentro destes modelos: “a informalidade, a cordialidade, a afetividade, a descontração, a espontaneidade, a improvisação, a plasticidade, a criatividade, a compaixão, a benevolência, o sentimentalismo, a simpatia e a impontualidade”[2], direções estas que são levadas para outras observações da moral como a “ Moral do Importunismo”, quando pessoas utilizam argumentos retóricos e mentirosos como o suborno, a trapaça, o calote: traços característicos da condição humana.
Dentro deste panorama são descritos alguns fatores que precisam ser levados em consideração pelas empresas para a construção de uma reputação : cultivar sólidas relações com os públicos de interesse, adotar padrões internacionais de responsabilidade sócio ambiental, gerenciar os riscos incorridos, administrar as marcas, gerir as informações sobre o ambiente tanto interno quanto externo, criar um ambiente propício as inovações P&D, praticar a inteligência ética, quer dizer, ser capaz de discernir os fatos morais, dispor de diretrizes éticas consensuais, traduzir as diretrizes em práticas reais, estabelecer mecanismos de controle interno, analisar os eventos de desvio e de suas implicações, bem como corrigir as práticas em curso.[3]
Gerenciar estes assuntos nas organizações torna-se um grande trunfo para o sucesso e prestígio das empresas que estão sempre em fase de constantes mudanças, seja em sua política ou sua nova ordem social e econômica.
Crises, boatos ocorrem freqüentemente e dentro deste panorama surgem novas reflexões de como a empresa deve se portar para que ela mantenha sua própria conduta moral dentro das questões administrativas de forma adequada. Neste caso valhe ressaltar: o relacionamento ético com os stakeholders, campanhas de comunicação para alavancar a imagem dos negócios, treinamentos e dicas de segurança para os funcionários, confidencialidade de informações entre outras várias vertentes. Dentro destas ações corporativas consideradas éticas para com o indivíduo, podem ocorrer novos fatores dentro destes processos que se revertem em condutas moralmente impróprias como: assediar colaboradores, sonegar impostos, omitir informações importantes aos funcionários, maus tratos com os funcionários
Obter um excelente relacionamento com todos os públicos da empresa significa um grande diferencial competitivo e sucesso por longos anos.
[1] Formada em Relações Públicas pela UMESP
[2] Trechos do livro Ética Empresarial pág, 84
[3] Exigências para gerir a reputação pág 245 do livro Ética Empresarial.
3ª Edição / EDITORA ELSEVIER 2009.
ÉTICA EMPRESARIAL “O CICLO VIRTUOSO DOS NEGÓCIOS”
Robert Henry Srour. Ética Empresarial. São Paulo: 2009
O autor do livro é Robert Henry Srour, Doutor em Sociologia pela Universidade de São Paulo é Consultor de várias empresas. A obra é indicada para os cursos CE graduação e pós-graduação nos cursos das áreas exatas e humanas como Publicidade Propaganda, Jornalismo e Relações Públicas.
Ética Empresarial “O Ciclo Virtuoso Dos Negócios”
Sueli de Souza[1]
Em diversas fases, no âmbito organizacional, ocorrem deslizes nos procedimentos gerenciais. Deslizes às vezes, direcionados a algum escândalo que resulta na repercussão na mídia, ou a escassez de um programa adequado de relacionamento com os stakeholders, o que gera a perca de credibilidade do seu conceito diante dos públicos estratégicos, ou até mesmo a intolerância dos funcionários em fazer parte do quadro de colaboradores.
As empresas são agentes vulneráveis para tais impactos, pois elas respondem por grande parte do funcionamento da economia do país e para tais repercussões corporativas é que as organizações respondem por um dos grandes fatores que as definem como órgãos responsáveis ou não, pelas suas ações.
O autor faz análises de assuntos verídicos que ocorreram no âmbito empresarial e que geraram grandes repercussões na mídia e na sociedade, cita casos como da empresa Soviética Chernobyl que em 1986 liberou uma grande nuvem radioativa e que contaminou pessoas, animais e o meio ambiente, O navio Exxon Valdez que despejou em 1.989 41.6 mil toneladas de Petróleo no Alaska e que causou a destruição de várias aves, o caso da Escola Base, onde os donos do estabelecimento foram acusados injustamente de atos de abuso sexual nas crianças, o caso de um livro com o tema “O Matador” publicado por uma editora de renome no mercado. O livro ensinava técnicas minuciosas de como matar e esconder os corpos das vítimas, neste episódio, um jovem que sofria de problemas depressivos, comprou o volume e utilizou as ações ilustrativas contidas para matar, a mulher e o seu filho. Dentro deste contexto fica a pergunta: Qual deve ser a postura da editora? Divulgar o livro? Proibir a venda dos exemplares? Neste caso também surgem duas vertentes: divulgar o livro, pois estamos num país democrático o direito da informação prevalece, ou proibir a venda, já que o livro oferece grandes perspectivas de instigar a curiosidade das pessoas que sofrem de sintomas depressivos ou apresentam características extremamente violentas e que representam um risco para a sociedade?.
Mas o livro também faz abordagens de assuntos voltados às causas humanitárias e questões éticas pessoais, como os Médicos sem-fronteiras que oferecem assistência hospitalar nas regiões onde existem pessoas impossibilitadas de se tratarem, ou um dos episódios da “Escolha de Sofia” entre eles ocorrido em 1999, onde a própria mãe cega atira na filha depois de descobrir que a mesma a internaria em um asilo e a vítima fica em estado degenerativo respirando através de aparelhos. Este caso ganhou a atenção da mídia americana, pois a filha obteve direitos na justiça, de desligar o aparelho que a mantinha viva.
Nos casos reais relatados o autor aproveita a ocasião para definir primeiro o conceito de ética e segundo caracterizar o que são as questões morais no ativismo empresarial em direção da construção da reputação empresarial, sustentabilidade e responsabilidade social.
A palavra ética vem do grego “ethos” que significa caráter. A abordagem científica da ética definida neste livro faz referências empíricas de acontecimentos, que ocorreram no mundo e oferece um quadro de referências para as ações corporativas. Mostra os dois lados de uma vertente que direciona determinadas empresas para o alcance do sucesso ou a quebra definitiva dos seus negócios.
A Moral envolve uma série de particularidades. Primeiro porque está relacionada aos atos realizados pela empresa dentro de sua diretriz ou política como: praticar a Responsabilidade Social como prova de cidadania e respeito para com a sociedade, mas não oculta que esta prática também faz parte dos negócios lucrativos como forma de adquirir exclusividade diante dos seus serviços e destaque frente à concorrência. De acordo com o autor ”a ética opera no plano da reflexão possui caráter abstrato, enquanto a moral está no plano real e está ligado a fatos empíricos ou reais de forma observável.”
Robert Henry relata alguns exemplos de diferenciais das moralidades brasileiras e que estão focadas dentro destes modelos: “a informalidade, a cordialidade, a afetividade, a descontração, a espontaneidade, a improvisação, a plasticidade, a criatividade, a compaixão, a benevolência, o sentimentalismo, a simpatia e a impontualidade”[2], direções estas que são levadas para outras observações da moral como a “ Moral do Importunismo”, quando pessoas utilizam argumentos retóricos e mentirosos como o suborno, a trapaça, o calote: traços característicos da condição humana.
Dentro deste panorama são descritos alguns fatores que precisam ser levados em consideração pelas empresas para a construção de uma reputação : cultivar sólidas relações com os públicos de interesse, adotar padrões internacionais de responsabilidade sócio ambiental, gerenciar os riscos incorridos, administrar as marcas, gerir as informações sobre o ambiente tanto interno quanto externo, criar um ambiente propício as inovações P&D, praticar a inteligência ética, quer dizer, ser capaz de discernir os fatos morais, dispor de diretrizes éticas consensuais, traduzir as diretrizes em práticas reais, estabelecer mecanismos de controle interno, analisar os eventos de desvio e de suas implicações, bem como corrigir as práticas em curso.[3]
Gerenciar estes assuntos nas organizações torna-se um grande trunfo para o sucesso e prestígio das empresas que estão sempre em fase de constantes mudanças, seja em sua política ou sua nova ordem social e econômica.
Crises, boatos ocorrem freqüentemente e dentro deste panorama surgem novas reflexões de como a empresa deve se portar para que ela mantenha sua própria conduta moral dentro das questões administrativas de forma adequada. Neste caso valhe ressaltar: o relacionamento ético com os stakeholders, campanhas de comunicação para alavancar a imagem dos negócios, treinamentos e dicas de segurança para os funcionários, confidencialidade de informações entre outras várias vertentes. Dentro destas ações corporativas consideradas éticas para com o indivíduo, podem ocorrer novos fatores dentro destes processos que se revertem em condutas moralmente impróprias como: assediar colaboradores, sonegar impostos, omitir informações importantes aos funcionários, maus tratos com os funcionários
Obter um excelente relacionamento com todos os públicos da empresa significa um grande diferencial competitivo e sucesso por longos anos.
[1] Formada em Relações Públicas pela UMESP
[2] Trechos do livro Ética Empresarial pág, 84
[3] Exigências para gerir a reputação pág 245 do livro Ética Empresarial.
ótimo e loooooooooongo post. falar de ética e PRATICÁ-LA hoje é algo essencial, não só empresarial, mas o comportamento ético inerente a cada um em todas as situações em todas as nossas identificações... e porque não exlui aquele blog seguidor de conteúdo impróprio, confesso que entrei e não achei tão impróprio assim hehehee brincadeira
ResponderExcluirabraços,
mateus